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Acredito essencial que a arquitetura esteja enraizada na história, na memória e na tradição de um lugar... Daniel Libeskind, arquiteto de traçados contemporâneos, nasceu no dia 12 de maio do ano de 1946 em Lódz – Polônia, filho de sobreviventes do Holocausto. Naturalizou-se americano no ano de 1965. O arquiteto não gosta de ser chamado de desconstrutivista, mas seus projetos reforçam esse título. Sua arquitetura usa linguagens ângulos imponentes, geometrias que se intersectam, fragmentos, vazios e linhas picadas de uma forma exuberante.A maioria dos projetos de Libeskind constituiu na transformação de tragédias contemporâneas (Holocausto, 11 de setembro, entre outros) em arquitetura. Memoria da Luz - Padua, Italia Universidade Metropolitana de Londris - Londris, Alemanha Imperial War Museum - Manchester, Inglaterra Museu Judeu de Berlin - Berlin, Alemanha "As emoções, os sentimentos não são privados. São uma parte do mundo. Existe uma diferença entre uma emoção privada e uma que forma parte da realidade. A realidade não é só um exercício intelectual: não escutamos música juntando uma nota com a outra. O que se sente quando a escutamos é sua força espiritual, e assim deve ocorrer também com a arquitetura. Os sentimentos que inspiraram estes projetos surgem da catástrofe. Mas não obstante, estes edifícios falam sobre a vida. O Museu Judeu, com seus espaços e sua continuidade espacial expressam o que foi provocado pela exterminação. A torre da Liberdade e toda a zona zero são um memorial da catástrofe provocada pelos ataques terroristas. No entanto esse é um projeto que também fala sobre a pureza da cidade democrática e é uma afirmação da liberdade do céu nova-iorquino. Concebo estes edifícios como uma conexão da lembrança com o futuro" Felix Nussbaum Museum - Osnabrück, Alemanha Renaissance ROM - Toronto, Canadá Museu contemporâneo Judeu - São Franscisco, Califórnia
Minha obra fala de vida a partir da catástrofe... |
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Arquitetura é geometrizar É um projeto de uma equipe de cinco arquitetos (Alberto Neves, António Meneres, Joaquim Sampaio, Luís Botelho e Álvaro Siza) que na epóca trabalhavam no escritório do arquiteto Fernando Távora e do associado Francisco Figueiredo, como na epóca nenhum dos dois podiam participar do concurso, a equipe de Siza assumiu o projeto. Como nenhum dos cinco tinham licença para assinar o projeto Távora assumiu o papel de arquiteto responsável. O projeto foi ganhador do concurso organizado pelo Município de Matosinhos, sobretudo graças a disposição do edifício no terreno. "Ver primeiro seja a intuição dificil, só é possível com a ajuda de uma grande experiência" Álvaro Siza. Várias aberturas reforçam o vinculo com a paisagem, como as janelas horizontais da sala de chá que deslizam abaixo do piso e o restaurante que se abre para um terraço de pedra. Beirais salientes dão continuidade aos tetos de jacarandá, garantindo proteção e modulaçao a forte luz atlântica. (Testa, Peter - Álvaro Siza, pág. 12) A arquitetura não termina em ponto algum, vai do objeto ao espaço e, por conseqüência, à relação entre os espaços, até ao encontro com a natureza. (Álvaro Siza) |
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