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Nos dias de hoje o que se vê nas cidades brasileiras são mega-concentrações urbanas usadas apenas para separar as atividades agrícolas e industriais e enriquecer os grandes proprietários de imóveis que exploram a terra e suas propriedades. Com isso provoca a crise no setor habitacional, em que os trabalhadores não conseguem comprar um imóvel perto do seu emprego. O que se vê muito nos noticiários das grandes cidades são os sem teto, catadores de lixo, crianças que moram debaixo de pontes, entre inúmeros problemas.. A cidade de São Paulo, apesar de contar com albergues noturnos e outros tipos de ajuda assistencialistas, não dá conta de dar dignidade a eles. Ao mesmo tempo, vemos proliferar habitações doadas pelo governo que não suprem a deficiência do pessoal que mora nas favelas, que crescem cada vez mais pela cidade, não só na periferia, mas também nas áreas ditas “nobres”. E ao governo não basta afastar a população para longe, que concordam com o domínio dos grandes proprietários, tem de prover a infra-estrutura necessária a eles (esgoto, transporte, educação, etc), o que acontece de modo mínimo. Enquanto isso, nos lugares onde a infra-estrutura já existe, a especulação imobiliária é dominante, e com isso morar no centro se torna caro. Por tal motivo vários edifícios encontram-se atualmente abandonados, e acabam tornando-se moradia para aqueles que vivem nas ruas. Tal domínio pelos sem teto é visto com maus olhos pelo governo, que os expulsam, jogando-os novamente nas ruas, mantendo assim os edifícios abandonados, com dividas, esperando por reformas que o torne valorizado novamente. Nessas condições catastróficas uma Reforma Habitacional no Brasil só seria possível se fossem realizadas transformações nas atuais relações de propriedade, de produção e de repartição da riqueza nacional, ou seja, a Reforma Urbana só será capaz de modificar as atuais situações precárias em que as cidades se encontram, por novas condições que atendam as necessidades da maioria da população. |
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