_sexta-feira, 23 de março de 2007

_ Tadao Ando


Nasceu em Osaca no dia 13 de Setembro de 1941, e é um famoso arquiteto japonês e professor emérito da Universidade de Tóquio. Ando foi premiado em 1995 com o Prémio Pritzker, doando os cem mil dólares do prêmio para os orfãos do Terremoto de Kobe.
Uma das especificidades de Tadao Ando é que ele não recebeu nenhuma qualificação formal (estudos universitários) para exercer Arquitetura. Tendo trabalhado como caminhoneiro e lutador de boxe, autodidata, passou a estudar por sua conta Arquitetura, tendo viajado pela Europa e pela América do Norte para aprofundar os seus conhecimentos na área.
Finalmente em 1969, Ando funda a firma Tadao Ando Architects & Associates. Trabalhando na sua cidade natal de Osaka, o trabalho do autodidata chama, então, a atenção da crítica, dando um empurrão para uma carreira que viria a ser premiada em 1995 com o Prémio Pritzker.



Westin Awaji Island Hotel


The Pulitzer Foundation for the Arts


Centro de pesquisa em comunicação


Igreja na Água (Church on the Water)



Centro de Seminários e de Estudo Vitra


Por: Anatalia Araujo *** Opine: 5
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_quinta-feira, 22 de março de 2007

_ Norman Foster


Nascido em Manchester em 1935, onde estudou Arquitetura e Urbanismo. Fundou o escritório de arquitetura Team 4 (1963-1967) junto com Richard Rogers (colega de estudos em Yale), Wendy Cheesman (sua futura esposa) e Georgie Wolton.
25 anos mais tarde, em 1992, passou a ser Sir Norman Foster & Partners, uma empresa internacional que recebeu mais de 60 distinções e prêmios, e conquistado 14 grandes concursos internacionais.
Em 1983, Norman Foster recebeu a medalha de Ouro de Arquitetura e em 1990 lhe foi outorgado o titulo de Sir. É doutor "Honoris Causa"do Royal College of Art de Londres, recebeu em 1991 o prêmio Mies Van de Rohe de arquitetura européia, a Medalha de Ouro da Academia Francesa de Arquitetura. e mais recentemente o "Arnold W. Brunner Memorial Prize" da Academia de Artes e Letras de Nova York
Seus primeiros desenhos eram projetos austeros, sem elementos decorativos, como por exemplo no edifício da "Reliance Control em Swindon (Inglaterra, 1966). Mais tarde evoluiu no emprego de superfícies curvas e na utilização de um amplo leque de materiais construtivos.
Um passo importante neste processo é a sede central da Willis, Faber& Dumas em Ipswich (Inglaterra, 1975), com sua ondulante fachada de vidro ergue-se sobre o solo irregular. Outro exemplo da evolução do arquiteto na complexidade formal pode ser visto no terminal do aeroporto de Stansted em Esex (Inglaterra, 1991), onde as grandes coberturas sustentadas por colunas arborescentes e tensores metálicos lembram fortemente as estruturas de arame dos primeiros aeroplanos.


Willis, Faber& Dumas.

Outro exemplo revelador de sua precisão pelos detalhes, combinada com uma impressionante concepção globalizadora, são os escritórios centrais da Hong-kong & Shangai Banking Coorporation, em Hong Kong (1986), considerada por muitos críticos como a obra prima de Norman Foster.


Hong-kong & Shangai Banking Coorporation.

Outro dos interesses que aflora na sua trajetória, é o desenho e planejamento urbanísticos, materializado em estudos gerais para várias cidades (Berlin e Cannes, entre outras), e em planejamentos parciais como os da área de King Cross (Londres,1988), ou a ordenação urbana da Exposição Universal de Lisboa de 1998. Também realizou obras no campo da engenharia, como a Torre de telecomunicações de Collserola em Barcelona (Espanha, 1988-1992) e o conjunto do metrô de Bilbao (1988-1995). Entre seus projetos ainda não realizados destaca-se um gigantesco prédio de forma cônica que alcançará 1000 m de altura.

Museu de Arte moderna, Carré d'Art, Nimes.



Novo Parlamento Alemão, Reichstag.



Estadio Olímpico, Paris.


Sainsbury - Centro de artes visuais, Nordwitch.


Stansted, aeroporto em Esex, Inglaterra.

Telecomunicações, Torre de Collserola, Barcelona.

Por: Anatalia Araujo *** Opine: 3
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_domingo, 18 de março de 2007

_ João Filgueiras Lima


Lelé (João Filgueiras Lima) participou da construção de Brasília, a convite de Niemeyer. Foi lá que começou a usar a argamassa armada, que viria a se tornar o material recorrente em sua obra, voltada para construções pré-fabricadas e baratas.
Na década de 70, fez vários projetos de urbanização em Salvador: passarelas coloridas e suspensas, bancos de rua, abrigos de ônibus e vários prédios administrativos têm sua marca.
Participou da Fábrica de Cidades, oficialmente Fábrica da Companhia de Renovação Urbana de Salvador, que já funcionava como um canteiro de obras permanente, produzindo as peças que seriam usadas nos projetos da cidade.


Tribunal de Contas da União

Em 1980, inaugurou o primeiro hospital da rede Sarah Kubitschek, em Brasília, centro de referência no tratamento do aparelho locomotor. De lá para cá tem trabalhado na expansão da rede, fazendo hospitais com grande uso de ventilação e iluminação naturais, jardins internos e espaço muito superior ao comum para cada doente.
A trajetória de Lelé se faz através do pensamento no uso pretendido e, com extrema sensibilidade, criar espaços que trazem em si a necessidade de mudança de cultura: com hospitais que não parecem espaços constrangedores de sofrimento mas, ao contrário, tornam-se locais amenos, generosos, ricos em volumes e cores, ou seja, a própria expressão e sentido da palavra reabilitação.

Hospital do aparelho locomotor

No Centro de Tecnologia da Rede Sarah é projetado e construído: os edifícios nas oficinas de metalurgia, de marcenaria, de concreto, de plásticos. Desde o mobiliário dos hospitais, até os meios de transporte para enviá-los ao destino. A preocupação com o meio ambiente, o aproveitamento dos ventos e da circulação natural do ar através de ventiladores, o uso constante da luz natural, a utilização de peças pré-moldadas, a ênfase na industrialização flexível, tudo isso filtrado por uma imensa sensibilidade, onde a cor desempenha papel primordial.
Depois vieram suas experiências em Abadiana, na fábrica de escolas do Rio, a sofrida primeira experiência em Salvador e finalmente os Cieps. Estando sempre à frente de seu tempo, seu trabalho mostra que a abordagem humanista pode construir verdadeiros sonhos, onde o foco central é o homem que usa o espaço no seu cotidiano. Na Rede Sarah, composta por Hospitais de Medicina do Aparelho Locomotor, fica claro que a prioridade é: as necessidades do incapacitado físico e não as questões político-governamentais.


Hospital Infantil


Por: Anatalia Araujo *** Opine: 4
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_sexta-feira, 16 de março de 2007

_ 50 anos dos traços de Brasília

Hoje o concurso para o projeto de Brasília faz 50 anos. Lucio Costa, arquiteto e urbanista, vencedor da seleção do concurso da nova capital.
“Brasília é uma questão brasileira, não só para os candangos sendo assim de estrema importância nacional”. – Nestor Goulart - Professor da FAU da USP

Nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dêle toma posse:-- dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da Cruz.



"O que chama a atenção é que, ainda hoje, o modelo urbanístico moderno de Lúcio Costa - criticado nos anos 1970 pelos movimentos pós-modernos - é usado como referência para a construção de condomínios de alto padrão", afirma Goulart, segundo ele, Brasília é considerada a maior cidade planejada implantada do mundo.
Uma alteração significativa foi deslocamento do projeto original, em cerca de 800 metros em direção ao Lago Paranoá. Pela proposta de Lúcio Costa, o Setor Bancário deveria estar onde hoje fica o Setor Hoteleiro. "Ele saiu de um terreno plano e foi parar quase em um buraco. Foi preciso fazer o aterramento para nivelar o terreno, mas ainda assim não foi suficiente", acrescenta o professor Antônio Carlos Carpintero. O espaço ajudou a confinar o setor a uma realidade estressante para quem trabalha ou circula pelo local: estacionamentos insuficientes e acesso complicado à rodoviária.
A conferência para lembrar os 50 anos da seleção do projeto de Lúcio Costa é a segunda de uma série de atividades que a FAU pretende realizar nos próximos três anos. A primeira foi em setembro de 2006, em alusão ao lançamento do edital do concurso, realizado 20 de setembro de 1956. A idéia é retomar e discutir as fases e momentos importantes dos anos da construção da capital inaugurada em 1960. “Em 2010, comemoram-se os 50 anos da inauguração oficial de Brasília. Mas muita coisa aconteceu antes disso”, comenta Carpintero, professor da FAU.

Trechos da Memória Descritiva:

Brasília, uma cidade inventada

3. E houve o propósito de aplicar os princípios francos da técnica rodoviária — inclusive a eliminação de cruzamentos — à técnica urbanística, conferindo-se ao eixo arqueado, correspondente às vias naturais de acesso, a função circulatória-tronco, com pistas centrais de velocidade e pistas laterais, para o tráfego local, e dispondo-se ao longo dêsse eixo o grosso dos setores residenciais.
4. Como decorrência dessa concentração residencial, os centros cívico e administrativo, o setor cultural, o centro de diversões, o centro esportivo, o setor administrativo municipal, os quartéis, as zonas destinadas à armazenagem, ao abastecimento e às pequenas indústrias locais, e, por fim, a estação ferroviária, foram-se naturalmente ordenando e dispondo ao longo do eixo transversal que passou a ser assim o eixo-monumental do sistema. Lateralmente à interseção dos dois eixos, mas participando funcionalmente e em têrmos de composição urbanística do eixo-monumental, localizaram-se o setor bancário e comercial, o setor de escritórios de emprêsas e profissões liberais e ainda amplos setores de varejo comercial.

Ao longo dessa esplanada — o Mall dos inglêses, extenso gramado destinado a pedestres, a paradas e a desfiles, foram dispostos os ministérios e autarquias (...) sendo o último o da Educação, a fim de ficar vizinho do setor cultural, tratado à maneira de parque para melhor ambientação dos museus, da biblioteca, do planetário, das academias, dos institutos, etc., setor êsse também contíguo à ampla área destinada à Cidade Universitária com o respectivo Hospital de Clínicas e onde também se prevê a instalação do Observatório. A Catedral ficou igualmente localizada nessa esplanada, mas numa praça autônoma disposta lateralmente, não só por questão de protocolo, uma vez que a Igreja é separada do Estado, como por questão de escala, tendo-se em vista valorizar o monumento e, ainda, principalmente por outra razão de ordem arquitetônica: a perspectiva de conjunto da esplanada deve prosseguir desimpedida até além da plataforma, onde os dois eixos se cruzam.

O sistema de mão única obriga os ônibus, na saída, a uma volta, num ou noutro sentido, fora da área coberta pela plataforma, o que permite ao viajante uma última vista ao eixo monumental da cidade antes de entrar no eixo rodoviário-residencial — despedida psicològicamente desejável.

16. Quanto ao problema residencial, ocorreu a solução de criar-se uma seqüência contínua de grandes quadras dispostas em ordem dupla ou singela, de ambos os lados da faixa rodoviária, e emolduradas por uma larga cinta densamente arborizada, árvores de porte, prevalecendo em cada quadra determinada espécie vegetal, com chão gramado e uma cortina suplementar interminente de arbustos e folhagens, a fim de resguardar melhor, qualquer que seja a posição do observador, o conteúdo das quadras visto sempre num segundo plano e como que amortecido na paisagem.. Disposição que apresenta a dupla vantagem de garantir a ordenação urbanística mesmo quando varie a densidade, categoria, padrão ou qualidade arquitetônica dos edifícios e de oferecer aos moradores extensas faixas sombreadas para passeio e lazer, independentemente das áreas livres previstas no interior das próprias quadras.




Curiosidades:

- Brasília tornou o método sucinto da integração nacional.
- Em 1987, em entrevista a um órgão da imprensa, sentindo, cada vez mais, descaso das autoridades de Brasília pela preservação do Plano Original, Lúcio Costa Lamenta “Não foi esta cidade que planejei. Salvem Brasília”.
"Brasília está ficando uma cidade como as outras, pois o plano-piloto de Lúcio Costa vem sendo totalmente desvirtuado." (Oscar Niemeyer, 1963)


Entre no site do Lúcio Costa, clicando no título.
Por: Anatalia Araujo *** Opine: 4
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_terça-feira, 13 de março de 2007

_ Fé, Engenho e Arte

Aleijadinho e seu tempo de 13 de março a 10 de junho, galerias 1,2 e 3 no CCBB

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) lança hoje uma exposição de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho). A exposição tem aproximadamente 200 peças, entre obras de artes, réplicas, livros, mapas de valor histórico e artístico e documentos, espalhadas por três galerias com cenário ambientado e com exposição de imagens, vídeos e música da época, tendo como objetivo mostrar ao público a maravilha do barroco mineiro do século XVIII.

Aleijadinho


Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho, é o símbolo do barroco, movimento artístico grandioso, que foi movido a religiosidade e ouro, e tendo como pano de fundo a independência e a escravidão como sombra.
É autor de obras-primas; como os passos da Paixão de Cristo e os profetas (expostos no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo – MG). Filho de um português com uma escrava, foi exemplo da mestiçagem no Brasil, marcada pelas riquezas naturais e a religiosidade no país. Suas obras feitas em pedra-sabão são consideradas como uma preciosidade de Minas Gerais e de importância para a identidade estética brasileira.
A vida artística de Aleijadinho teve inicio na infância, ele observava o trabalho de seu pai que também era entalhador. Aos 40 anos foi atingido por uma doença misteriosa, que aos poucos atingiu os movimentos dos pés e das mãos.
Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Mesmo com todas as limitações, continua trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.
A obra de Aleijadinho mistura diversos estilos do barroco. Em suas esculturas estão presentes características do rococó e dos estilos clássico e gótico.
Morreu pobre, doente e abandonado na cidade de Ouro Preto no ano de 1814 (ano provável). O conjunto de sua obra foi reconhecido como importante muito tempo depois. Atualmente, Aleijadinho é considerado o mais importante artista plástico do barroco mineiro.


Aleijadinho como arquiteto




Igreja de São Francisco de Assis: Obra-prima do Aleijadinho, com pinturas de Manuel da Costa Ataíde. Todo o conjunto é harmonioso, simples e belo. A portada da Igreja, em pedra-sabão, é magnífica, e nos altares o toque do gênio. Esculturas nos tambores dos púlpitos, em pedra-sabão, representando episódios bíblicos (1772); barrete da capela-mor (1773-1774); projeto da atual portada (1774-1775); risco da tribuna do altar-mor (1778-1779), retábulo da capela-mor (1790-1794) executados com a colaboração dos entalhadores Henrique Gomes de Brito, Luís Ferreira da Silva Correia; projeto de dois altares colaterais, consagrados a São Lúcio e Santa Bona (executados com alteraçðes por Vicente Alves da Costa, 1829).

Igreja Nossa senhora do Carmo: Modificações do projeto original (1770); altares laterais de Nossa Senhora da Piedade (1807) e de São João Batista (1809); acréscimos dos camarins e guarda-pós dos altares de Santa Quitéria e Santa Luzia.
Igreja de São José: Projeto do retábulo da Capela-mor (1773); modificações no risco da fachada (1772).

Matriz Nossa Senhora do Pilar: Feitura de 4 cabeças de anjos, em madeira, para o andor da Irmandade de Santo Antônio (1810), posteriormente adaptadas ao oratório da sacristia (1865).
Chafariz do Pissarrão: Situado no Alto da Cruz (antiga Rua Larga), nas proximidades da Igreja de Santa Ifigênia (1761).

Palácio dos Governadores: Risco em "sanguínea" do chafariz interno (1752).

Nascimento e dúvidas sobre o seu nascimento

Izabel, mãe de Aleijadinho deu a luz no bairro do Bom Sucesso, na cidade de Ouro Preto, antiga capital da Província de Minas Gerais. Filho natural de Manuel Francisco Lisboa, arquiteto português. O nome do pai de Aleijadinho aparece, na Certidão, grafado Manoel Francisco da Costa.
Historiógrafos, como Rodrigo José Ferreira Bretas (1858), afirmam que são nomes pertencentes à mesma pessoa.
Feu de Carvalho, autor do "Ementário da História de Minas" não aceita erros em qualquer documento da época. Argumenta que se o pai do Aleijadinho tivesse da Costa no nome, o Procurador da Câmara jamais consentiria que num contrato ele apenas assinasse parte do seu nome. Afirma que em nenhum documento há uma assinatura com da Costa. Todos estão assinados como Manuel Francisco Lisboa.
Por causa deste fato muitos historiógrafos e a Igreja negam a existência do Aleijadinho.

Aleijadinho foi invenção do governo Vargas

O pesquisador paulista Dalton Sala acredita que Aleijadinho foi uma invenção do governo Getúlio Vargas. Para Sala, o Mestre é um mito criado para a construção da identidade nacional - um protótipo do brasileiro típico: "mestiço, torturado, doente, angustiado, capaz de superar as deficiências por meio da criatividade".
Segundo o pesquisador, nunca ficou provado textualmente que uma pessoa chamada Antônio Francisco Lisboa, conhecida como Aleijadinho, tivesse feito todas as obras que lhe foram atribuídas. Sala atribui a construção do mito Aleijadinho a uma necessidade política e ideológica da ditadura Vargas.
"Criado duas semanas depois do golpe de 1937, o SPHAN - Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tinha como meta colaborar na construção de uma identidade nacional".
Sala ainda afirma que a criação dessa identidade baseou-se em dois grandes mitos: Aleijadinho e Tiradentes porque a figura de Aleijadinho faz coincidir um processo de autonomia cultural com um processo de autonomia política, personificado em Tiradentes.O pesquisador diz que o mito Aleijadinho, de origem duvidosa, já existia antes de Vargas. Foi apenas aproveitado pelo Estado Novo.
Em 1858, Rodrigo José Ferreira Bretas publicou no 'Correio Oficial' de Minas que havia achado um livro datado de 1790, com a história de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho."Acontece que esse livro, chamado 'Livro de registros de fatos notáveis da cidade de Mariana', nunca foi visto por ninguém", diz Sala.O paulista conclui sua teoria afirmando que em 1989, o historiador de Arte Germain Basin, disse-lhe que foi pressionado pelo ex-presidente do SPHAN, Rodrigo Melo Franco de Andrade, e pelo arquiteto Lúcio Costa para emitir parecer atribuindo a Aleijadinho a autoria de obras.



Textos tirados: http://www.aleijadinho.com/
http://www.suapesquisa.com/aleijadinho/
Por: Anatalia Araujo *** Opine: 3
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_sexta-feira, 9 de março de 2007

_ O funcionalismo racionalista

Um arquiteto suíço, Charles-Édouard Jeanneret, conhecido por Le Corbusier (1887-1965) desenvolvia as idéias do funcionalismo estético, retoma a idéia de que a casa deveria ser concebida como uma «máquina de habitar» logo após o movimento da escola de Artes Bauhaus.
Criou construções inspiradas no cubismo, separadas do solo e assentes sobre pilares finos (os pilotis), muitas vezes recuados, dando uma sensação de grande leveza ao edifício em suspensão. Este estratagema permitia que o espaço verde se introduzisse por entre os pilares que sustentavam a casa. A planta era livre, a fachada sem ornamentos, os telhados planos e ajardinados e as janelas sobre o comprido, em fita.
Teve também uma grande preocupação pelo urbanismo, que se revela nas suas «unidades de habitação», a mais célebre das quais se localiza em Marselha, grandes edifícios destinados a alojar um grande número de pessoas resolvendo, assim, os graves problemas de alojamento com que se debatiam as cidades européias no período entre as duas guerras mundiais.
As suas habitações, demasiado frias e impessoais na sua racionalidade, não foram, de um modo geral, bem aceites por aqueles que se tornaram seus habitantes, sendo também alvo de fortes críticas por parte de arquitetos como Lloyd Wright e dos adeptos da arquitetura orgânica e do conceito da casa-refúgio.
A grande difusão deste estilo, praticamente sem variantes, um pouco por todo o mundo industrializado, conduziria ao chamado Estilo Internacional.

Le Corbusier - Villa Soyage

Casa-Máquina de habitar (1923)

Casa em série Citrohan (para não dizer Citroen). Uma casa como um automóvel, concebida.
Planeada como um autocarro ou uma cabina de navio. As necessidades atuais de habitação podem precisar-se e exigem uma solução. É necessário reagir contra a antiga casa e o seu sentido de espaço. Atualmente, é necessário considerar a casa como uma «máquina de habitar» ou como uma ferramenta. [...] Até hoje, uma casa era um conjunto pouco coerente de inúmeras grandes salas. Nas salas havia sempre espaço a mais ou a menos. [...]
As dimensões das janelas e das portas devem ser retificadas. Os comboios e os automóveis demonstraram que o homem pode passar por aberturas pequenas e que se pode calcular o espaço ao centímetro quadrado [...] Uma vez que o preço da construção quadruplicou, é necessário reduzir para metade as antigas pretensões arquitetônicas. É, desde logo, um problema de técnicos; utilizam-se os progressos da indústria, modifica-se totalmente um estado de espírito. A beleza? Existe quando existe a proporção. A proporção não custa nada ao proprietário, apenas ao arquiteto! [...] Não há que envergonhar-se por viver numa casa sem telhado pontiagudo, por ter paredes lisas com placas de chapa, janelas semelhantes às das fábricas. Mas, do que se pode estar orgulhoso é de ter uma casa prática como uma máquina de escrever.
Características fundamentais:


- Relação íntima entre arquitetura e urbanismo;
- Corte radical com o passado: abolição da forma natural, eliminando tudo aquilo que se oponha à arte pura;
- Simplificação dos volumes, geometrização das formas: predomínio das linhas retas, sólidos geométricos;
- Paredes lisas e, geralmente, brancas, abolindo-se a decoração e realçando-se a estrutura do edifício;
- Coberturas planas, geralmente transformadas em terraços;
- Amplas janelas, em fita, ou fachadas-cortina em vidro;
- Elevação do edifício sobre pilares (pilotis), dando a idéia de estar suspenso;
- Utilização de novos materiais, pré-fabricados: aço, betão, vidro;
- Renovação do espaço
– casa prática e funcional; abertura de espaços interiores
– é a planta livre;
- Interligação com as artes ditas menores, ou aplicadas: escultura, cerâmica, tecelagem, metalurgia, marcenaria;
- Nascimento do design industrial.
Por: Anatalia Araujo *** Opine: 3
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_segunda-feira, 5 de março de 2007

_ Álvaro Siza

Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira (Matosinhos, 25 de Junho de 1933) é um arquiteto português de prestígio internacional, sendo um dos mais consagrados arquitetos portuguêses realizou obras emblemáticas como o Pavilhão de Portugal da Expo'98, a Igreja de Santa Maria, em Marco de Canaveses,m,n,mn,mn ou o Museu de Arte Contemporânea da Galiza. Hoje em dia, é cobiçado por várias cidades mundiais.


Formou-se na Escola Superior de Belas Artes do Porto, que frequentou de 1949 a 1955. Influenciado, numa primeira fase da sua obra, por nomes internacionais da arquitetura como Adolf Loos e Frank Lloyd Wright, cedo Siza conseguiu afastar-se dessas influências claras e traçou a sua linguagem que nos remete tanto a influências clássicas como ao desenho claro e limpo que definiu a obra de Mies van der Rohe, os planos horizontais, a clareza das formas, o requinte do espaço. Criando marcos arquitetônicos na história da arquitetura portuguesa como a Casa de chá, as Piscinas de Matosinhos, o Museu Serralves, a igreja de Marco de Canavezes, ou mais recentemente, o Museu para a Fundação Iberê Camargo no Brasil, onde Álvaro Siza marca uma nova linguagem arquitetônica, muito à semelhança de Le Corbusier que, na sua terceira fase, afasta a racionalidade das vilas, Siza consegue-se re-interpretar ou mesmo se re-desenhar, procurando uma linguagem que, até então, tinha vindo a mostrar em alguns apontamentos de obras recentes complexidade formal aliada a uma aparente simplicidade do desenho.

Prêmios

1992 - Prêmio Pritzker
2001 - Prêmio Wolf, categoria de Artes


Kindergarten "João de Deus"


Borges & Irmao Bank


Pavilhão de Portugal da Expo'98


Igreja de Santa Maria
Por: Anatalia Araujo *** Opine: 3
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Eu:

Nome: Anatalia Araujo
Idade: 21 anos
Atividade: Estudante de Arquitetura e Urbanismo FAU/UnB ______________________________

Arquitetura:

Arco Web
Arquiteto
Arcspace
Arke Brasil
Arkinetia
Casa de Lúcio Costa
FENEA
Instituto de Arquitetos do Brasil
Metálica
Vitruvius

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Postagens anteriores:

Una Arquitetura
Pra não dizer que apenas eu reclamo dele...
Lina Bo Bardi
Roberto Burle Marx
Tommie Wilhelmsen
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Eldorado Business Tower
Sergio Roberto Parada
Morre aos 90 anos Athos Bulcão
Dubai - O paraíso para os arquitetos


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Arquitetos:

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Daniel Libeskind
Oscar Niemeyer
Gustavo Penna
Harry Seidler

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A barriga de um arquiteto
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Propagandas:











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