_sexta-feira, 11 de maio de 2007

_ Mies van der Rohe

“A linguagem pode ser utilizada para os propósitos normais do cotidiano como prosa. Se você é muito bom nisso, pode falar uma prosa maravilhosa. E se você é realmente bom, pode ser um poeta. Mas a linguagem é a mesma, e sua característica é que tem todas estas possibilidades”.
Mies Van Der Rohe


Ludwig Mies van der Rohe, arquiteto alemão naturalizado norte-americano, Aachen, Alemanha, 27 de Março de 1886, é considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX. Foi professor da Bauhaus, onde deixou a marca de uma arquitetura que prima pela clareza e aparente simplicidade. Os edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais representativos da era industrial, como o aço e o vidro, definido espaços austeros mas que transmitem uma determinada concepção de elegância e cosmopolitismo.



Mies van der Rohe procurou sempre uma abordagem racional que pudesse guiar o processo de projeto arquitetónico. Sua concepção dos espaços arquitetônicos envolvia uma profunda depuração da forma, voltada sempre às necessidades impostas pelo lugar, segundo o preceito do minimalismo.

Pavilhão Alemão da Feira Universal




o Pavilhão Alemão da Feira Universal de Barcelona: é uma estrutura bastante leve, sustentado por delgados pilares metálicos e constituído essencialmente de planos verticais e horizontais. Após a exposição o pavilhão foi demolido, mas sua importância foi tal que voltou a ser construído na década de 1990 como homenagem ao arquiteto e como símbolo do modernismo.


860-880 Lake Shore Drive



Na década de 1930, depois de Hannes Meyer, Mies foi, a pedido de Gropius e por um breve período de tempo, o último Director de uma Bauhaus vacilante. A escola, financiada pelo governo, seria forçada a fechar as portas devido a pressões políticas do partido Nazi que a identificava com ideologias antagónicas como o socialismo e o comunismo - a arquitectura praticada por Mies foi igualmente rejeitada por não representar o espírito nacionalista alemão.
Mies abandonou a sua Pátria em 1937, quando se desvaneciam as hipóteses de continuar aí a sua carreira. Quando chegou aos Estados Unidos, depois de 30 anos de prática na Alemanha, já era considerado pelos promotores americanos do Estilo Internacional como um pioneiro da arquitectura moderna. Em 1947, já o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque lhe dedicava uma retrospectiva. É, de fato, no seu país de adopção que encontra todas as condições para promover de fato suas experiências com uma possível industrialização da arquitetura e da construção: um mercado capitalista muito mais desenvolvido que o alemão, com fortes demandas por novas tipologias imobiliárias e desenvolvimento tecnológico razoável.

Chicago's Armour Institute of Technology



Pouco depois de projectar um complexo residencial no Wyoming, recebeu uma oferta para dirigir a escola de arquitectura na Chicago's Armour Institute of Technology (mais tarde renomeada como Illinois Institute of Technology - Instituto de Tecnologia de Illinois ou ITT). Uma das condições para a aceitação do cargo consistia em que o projecto para os novos edifícios do campus universitário lhe fosse adjudicado.

Crown Hall



Alguns dos seus edifícios mais afamados situam-se aí, incluindo o Crown Hall, sede do Departamento de Arquitectura do ITT. Lecionando aí, Mies torna-se também responsável pela gênese de toda uma geração de arquitetos norte-americanos funcionalistas e, em especial, para a construção dos arranha-céus demandados pelas empresas do país. Em 1944, naturalizou-se como cidadão dos Estados Unidos da América, desligando-se, por fim dos laços que o ligavam à Alemanha.

Casa Farnsworth


Entre 1946 e 1951, Mies projetou e construiu a icónica Casa Farnsworth, uma casa de fim de semana que deveria servir de retiro, nos arredores de Chicago, para a médica Edith Farnsworth e que se tornaria uma das principais obras de referência da arquitetura moderna. Aqui, Mies explorou a relação entre o indivíduo, o seu abrigo e a natureza. A casa concretiza a visão amadurecida de Mies para o que deveria ser a arquitectura da sua época: uma estrutura minimalista limitada à pele e esqueleto do edifício, usando materiais que representavam os novos tempos, permitindo a definição de um espaço ordenado de forma clara, simples, inteligível e fluída, e com uma disposição sugerindo a liberdade de utilização. O suporte estrutural rigorosamente concebido e as paredes totalmente de vidro definem um espaço interior cúbico simples, permitindo que a natureza e a luz o envolvam de fato.

Neue Nationalgalerie



O último trabalho de relevo de Mies foi a Neue Nationalgalerie em Berlim, que é considerado uma das mais perfeitas expressões da sua abordagem arquitectónica. O pavilhão superior é constituído por uma estrutura precisa de aço com invólucro de vidro, que na sua simplicidade revela perfeitamente a força estética e funcional das ideias de espaço interior flexível, aberto e sem cargas desnecessárias impostas pela ordem estrutural externa.
Por: Anatalia Araujo
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Eu:

Nome: Anatalia Araujo
Idade: 21 anos
Atividade: Estudante de Arquitetura e Urbanismo FAU/UnB ______________________________

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