_sexta-feira, 9 de março de 2007

_ O funcionalismo racionalista

Um arquiteto suíço, Charles-Édouard Jeanneret, conhecido por Le Corbusier (1887-1965) desenvolvia as idéias do funcionalismo estético, retoma a idéia de que a casa deveria ser concebida como uma «máquina de habitar» logo após o movimento da escola de Artes Bauhaus.
Criou construções inspiradas no cubismo, separadas do solo e assentes sobre pilares finos (os pilotis), muitas vezes recuados, dando uma sensação de grande leveza ao edifício em suspensão. Este estratagema permitia que o espaço verde se introduzisse por entre os pilares que sustentavam a casa. A planta era livre, a fachada sem ornamentos, os telhados planos e ajardinados e as janelas sobre o comprido, em fita.
Teve também uma grande preocupação pelo urbanismo, que se revela nas suas «unidades de habitação», a mais célebre das quais se localiza em Marselha, grandes edifícios destinados a alojar um grande número de pessoas resolvendo, assim, os graves problemas de alojamento com que se debatiam as cidades européias no período entre as duas guerras mundiais.
As suas habitações, demasiado frias e impessoais na sua racionalidade, não foram, de um modo geral, bem aceites por aqueles que se tornaram seus habitantes, sendo também alvo de fortes críticas por parte de arquitetos como Lloyd Wright e dos adeptos da arquitetura orgânica e do conceito da casa-refúgio.
A grande difusão deste estilo, praticamente sem variantes, um pouco por todo o mundo industrializado, conduziria ao chamado Estilo Internacional.

Le Corbusier - Villa Soyage

Casa-Máquina de habitar (1923)

Casa em série Citrohan (para não dizer Citroen). Uma casa como um automóvel, concebida.
Planeada como um autocarro ou uma cabina de navio. As necessidades atuais de habitação podem precisar-se e exigem uma solução. É necessário reagir contra a antiga casa e o seu sentido de espaço. Atualmente, é necessário considerar a casa como uma «máquina de habitar» ou como uma ferramenta. [...] Até hoje, uma casa era um conjunto pouco coerente de inúmeras grandes salas. Nas salas havia sempre espaço a mais ou a menos. [...]
As dimensões das janelas e das portas devem ser retificadas. Os comboios e os automóveis demonstraram que o homem pode passar por aberturas pequenas e que se pode calcular o espaço ao centímetro quadrado [...] Uma vez que o preço da construção quadruplicou, é necessário reduzir para metade as antigas pretensões arquitetônicas. É, desde logo, um problema de técnicos; utilizam-se os progressos da indústria, modifica-se totalmente um estado de espírito. A beleza? Existe quando existe a proporção. A proporção não custa nada ao proprietário, apenas ao arquiteto! [...] Não há que envergonhar-se por viver numa casa sem telhado pontiagudo, por ter paredes lisas com placas de chapa, janelas semelhantes às das fábricas. Mas, do que se pode estar orgulhoso é de ter uma casa prática como uma máquina de escrever.
Características fundamentais:


- Relação íntima entre arquitetura e urbanismo;
- Corte radical com o passado: abolição da forma natural, eliminando tudo aquilo que se oponha à arte pura;
- Simplificação dos volumes, geometrização das formas: predomínio das linhas retas, sólidos geométricos;
- Paredes lisas e, geralmente, brancas, abolindo-se a decoração e realçando-se a estrutura do edifício;
- Coberturas planas, geralmente transformadas em terraços;
- Amplas janelas, em fita, ou fachadas-cortina em vidro;
- Elevação do edifício sobre pilares (pilotis), dando a idéia de estar suspenso;
- Utilização de novos materiais, pré-fabricados: aço, betão, vidro;
- Renovação do espaço
– casa prática e funcional; abertura de espaços interiores
– é a planta livre;
- Interligação com as artes ditas menores, ou aplicadas: escultura, cerâmica, tecelagem, metalurgia, marcenaria;
- Nascimento do design industrial.
Por: Anatalia Araujo
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Eu:

Nome: Anatalia Araujo
Idade: 21 anos
Atividade: Estudante de Arquitetura e Urbanismo FAU/UnB ______________________________

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