_terça-feira, 13 de março de 2007

_ Fé, Engenho e Arte

Aleijadinho e seu tempo de 13 de março a 10 de junho, galerias 1,2 e 3 no CCBB

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) lança hoje uma exposição de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho). A exposição tem aproximadamente 200 peças, entre obras de artes, réplicas, livros, mapas de valor histórico e artístico e documentos, espalhadas por três galerias com cenário ambientado e com exposição de imagens, vídeos e música da época, tendo como objetivo mostrar ao público a maravilha do barroco mineiro do século XVIII.

Aleijadinho


Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho, é o símbolo do barroco, movimento artístico grandioso, que foi movido a religiosidade e ouro, e tendo como pano de fundo a independência e a escravidão como sombra.
É autor de obras-primas; como os passos da Paixão de Cristo e os profetas (expostos no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo – MG). Filho de um português com uma escrava, foi exemplo da mestiçagem no Brasil, marcada pelas riquezas naturais e a religiosidade no país. Suas obras feitas em pedra-sabão são consideradas como uma preciosidade de Minas Gerais e de importância para a identidade estética brasileira.
A vida artística de Aleijadinho teve inicio na infância, ele observava o trabalho de seu pai que também era entalhador. Aos 40 anos foi atingido por uma doença misteriosa, que aos poucos atingiu os movimentos dos pés e das mãos.
Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Mesmo com todas as limitações, continua trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.
A obra de Aleijadinho mistura diversos estilos do barroco. Em suas esculturas estão presentes características do rococó e dos estilos clássico e gótico.
Morreu pobre, doente e abandonado na cidade de Ouro Preto no ano de 1814 (ano provável). O conjunto de sua obra foi reconhecido como importante muito tempo depois. Atualmente, Aleijadinho é considerado o mais importante artista plástico do barroco mineiro.


Aleijadinho como arquiteto




Igreja de São Francisco de Assis: Obra-prima do Aleijadinho, com pinturas de Manuel da Costa Ataíde. Todo o conjunto é harmonioso, simples e belo. A portada da Igreja, em pedra-sabão, é magnífica, e nos altares o toque do gênio. Esculturas nos tambores dos púlpitos, em pedra-sabão, representando episódios bíblicos (1772); barrete da capela-mor (1773-1774); projeto da atual portada (1774-1775); risco da tribuna do altar-mor (1778-1779), retábulo da capela-mor (1790-1794) executados com a colaboração dos entalhadores Henrique Gomes de Brito, Luís Ferreira da Silva Correia; projeto de dois altares colaterais, consagrados a São Lúcio e Santa Bona (executados com alteraçðes por Vicente Alves da Costa, 1829).

Igreja Nossa senhora do Carmo: Modificações do projeto original (1770); altares laterais de Nossa Senhora da Piedade (1807) e de São João Batista (1809); acréscimos dos camarins e guarda-pós dos altares de Santa Quitéria e Santa Luzia.
Igreja de São José: Projeto do retábulo da Capela-mor (1773); modificações no risco da fachada (1772).

Matriz Nossa Senhora do Pilar: Feitura de 4 cabeças de anjos, em madeira, para o andor da Irmandade de Santo Antônio (1810), posteriormente adaptadas ao oratório da sacristia (1865).
Chafariz do Pissarrão: Situado no Alto da Cruz (antiga Rua Larga), nas proximidades da Igreja de Santa Ifigênia (1761).

Palácio dos Governadores: Risco em "sanguínea" do chafariz interno (1752).

Nascimento e dúvidas sobre o seu nascimento

Izabel, mãe de Aleijadinho deu a luz no bairro do Bom Sucesso, na cidade de Ouro Preto, antiga capital da Província de Minas Gerais. Filho natural de Manuel Francisco Lisboa, arquiteto português. O nome do pai de Aleijadinho aparece, na Certidão, grafado Manoel Francisco da Costa.
Historiógrafos, como Rodrigo José Ferreira Bretas (1858), afirmam que são nomes pertencentes à mesma pessoa.
Feu de Carvalho, autor do "Ementário da História de Minas" não aceita erros em qualquer documento da época. Argumenta que se o pai do Aleijadinho tivesse da Costa no nome, o Procurador da Câmara jamais consentiria que num contrato ele apenas assinasse parte do seu nome. Afirma que em nenhum documento há uma assinatura com da Costa. Todos estão assinados como Manuel Francisco Lisboa.
Por causa deste fato muitos historiógrafos e a Igreja negam a existência do Aleijadinho.

Aleijadinho foi invenção do governo Vargas

O pesquisador paulista Dalton Sala acredita que Aleijadinho foi uma invenção do governo Getúlio Vargas. Para Sala, o Mestre é um mito criado para a construção da identidade nacional - um protótipo do brasileiro típico: "mestiço, torturado, doente, angustiado, capaz de superar as deficiências por meio da criatividade".
Segundo o pesquisador, nunca ficou provado textualmente que uma pessoa chamada Antônio Francisco Lisboa, conhecida como Aleijadinho, tivesse feito todas as obras que lhe foram atribuídas. Sala atribui a construção do mito Aleijadinho a uma necessidade política e ideológica da ditadura Vargas.
"Criado duas semanas depois do golpe de 1937, o SPHAN - Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tinha como meta colaborar na construção de uma identidade nacional".
Sala ainda afirma que a criação dessa identidade baseou-se em dois grandes mitos: Aleijadinho e Tiradentes porque a figura de Aleijadinho faz coincidir um processo de autonomia cultural com um processo de autonomia política, personificado em Tiradentes.O pesquisador diz que o mito Aleijadinho, de origem duvidosa, já existia antes de Vargas. Foi apenas aproveitado pelo Estado Novo.
Em 1858, Rodrigo José Ferreira Bretas publicou no 'Correio Oficial' de Minas que havia achado um livro datado de 1790, com a história de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho."Acontece que esse livro, chamado 'Livro de registros de fatos notáveis da cidade de Mariana', nunca foi visto por ninguém", diz Sala.O paulista conclui sua teoria afirmando que em 1989, o historiador de Arte Germain Basin, disse-lhe que foi pressionado pelo ex-presidente do SPHAN, Rodrigo Melo Franco de Andrade, e pelo arquiteto Lúcio Costa para emitir parecer atribuindo a Aleijadinho a autoria de obras.



Textos tirados: http://www.aleijadinho.com/
http://www.suapesquisa.com/aleijadinho/
Por: Anatalia Araujo
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Idade: 21 anos
Atividade: Estudante de Arquitetura e Urbanismo FAU/UnB ______________________________

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