_terça-feira, 28 de abril de 2009

_ Una Arquitetura

Escritório de arquitetura formado em 1995, Uma Arquitetos possui quatro arquitetos associados: Cristiane Muniz, Fábio Rago Valentim, Fernanda Bárbara, Fernando Felippe ViégasCom uma variedade de categorias, a Uma arquitetura desenvolve projetos como escolas, espaços culturais, intervenção urbana, e edifícios residências e comerciais.O escritório possui em sua bagagem diversos prêmios, tendo como primeiro o Concurso Público Nacional para o Teatro Laboratório de Artes Cênicas e Corporais da UNICAMP.No ano de 2003 fez parte da equipe do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, no projeto da sede olímpica de São Paulo para 2012.Tendo reconhecimento internacional, a Uno participou de duas exposições na Mostra Internacional de Arquitetura de Veneza. Em 2004, no Pavilhão do Brasil, e em 2006 participou da exposição no Pavilhão Arsenalle.


Concurso Habita Sampa - Conjunto cônego vicente m. marino

"Bairro ainda pouco denso, a Barra Funda resistiu às mudanças estruturais da cidade nas últimas décadas, guardando características da sua formação a partir da instalação da ferrovia Santos-Jundiaí. Além do parque industrial que se instalou ao longo da linha férrea, alguns outros elementos caracterizam a orla ferroviária: a presença de vilas operárias, pátios de manobras e grandes terrenos subutilizados circundando os trilhos. Esse é o cenário do presente projeto, que deve ser entendido como exemplo das transformações desejáveis das áreas lindeiras à ferrovia, na longa faixa que cruza regiões centrais de São Paulo." (Una Arquitetura)








Escola em Campinas - São Paulo


"Este projeto integra um programa piloto da FDE para construção de escolas em sistemas estruturais de concreto pré-moldado. Neste caso, um grupo formado por quatro escritórios de arquitetura e três escritórios de engenharia, definiu parâmetros de referência comuns, objetivando a maior sistematização possível da obra. Em tese, uma única construtora poderia montar as quatro escolas, todas localizadas numa mesma região de Campinas, a partir de um canteiro central equipado com uma única pista de pré-moldagem." (Una Arquitetura)









Praça Julio Prestes - São Paulo


"A Luz é secionada por dois eixos que se cruzam perpendicularmente e que são determinantes na organização da região: a via férrea e a Av. Tiradentes, uma via expressa de ligação norte/sul. O bairro que reúne setores residenciais de padrão médio à cortiços, teve uma ocupação caracterizada, inicialmente, por imigrantes italianos, gregos e judeus, sendo hoje progressivamente substituída por coreanos. As vilas operárias construídas no começo do século são ainda referências da urbanização do bairro. Dezenas de edifícios históricos com uso institucional e cultural, somados à presença do mais antigo parque público da cidade, o Jardim da Luz, reforçam o caráter metropolitano da região." (Una Arquitetura)







Por: Anatalia Araujo *** Opine: 2
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_segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

_ Pra não dizer que apenas eu reclamo dele...

oda capital tem que ter uma praça aonde o povo chega e se espanta. (…) Será um grande monumento em triângulo para mostrar o progresso de nosso país. É para causar perplexidade em quem vê.

Oscar Niemeyer



Oscar Niemeyer e Brasília: criador versus criatura

Sylvia Ficher*

Coitada de Brasília, Oscar Niemeyer não gosta mais dela. Infelizmente, não dá mais para ignorar a realidade que aí está. Infelizmente, não dá para encontrar outra explicação para o estrago que o grande arquiteto federal vem fazendo, já há algum tempo, em sua principal obra, aquela que lhe rendeu suas mais altas honrarias, aquela que lhe garantiu uma posição ímpar no ranking dos arquitetos do século XX.

Tudo começou devagarzinho, primeiro a Praça dos Três Poderes sendo comida pelas bordas com o Panteão da Pátria, predinho sem graça e sem uso, verdadeira câmara escura que só serve para atravancar o espaço e impedir a vista… O Superior Tribunal de Justiça, a Procuradoria Geral da República e o Anexo do Supremo vieram na seqüência, bem mais pretensiosos e ainda mais fora de escala, com suas formas gratuitas e suas metragens gigantescas - afinal, quantos mais metros quadrados, melhor o honorário…

E assim, de projeto em projeto, cada vez mais intervindo na escala monumental da cidade, cada vez mais rompendo a graça e elegância da Esplanada dos Ministérios, chegou a vez do Complexo Cultural da República, com sua nanica biblioteca - nanica, talvez, por conta de um inconsciente desinteresse por edifícios úteis - e sua cúpula-museu - nem tão cúpula assim, menos ainda museu. De quebra, a bela Catedral Metropolitana perdeu sua ambientação urbana e, para piorar, foi estrangulada pela gravata de concreto que lhe dá uma rampa sem rumo ou razão.

Há coisa de dois anos, uma robótica pomba - isto mesmo, uma pomba! - seria o principal elemento da praça que, segundo o arquiteto, estava faltando no Plano Piloto: a Praça do Povo. Repetindo a ausência de paisagismo do vizinho complexo cultural, a cidade iria ganhar mais um árido calçadão, mais um inóspito vazio onde desde sempre havíamos convivido sem maiores problemas com um modesto gramado… E lembremos o que fora previsto para o local por seu legítimo idealizador: um espaço desimpedido destinado a atividades ocasionais, como paradas militares, desfiles esportivos ou procissões; nas próprias palavras Lucio Costa, “o extenso gramado destina-se ao pisoteio…” (”O tráfego de Brasília”, 1960).

Ao que parece, Oscar Niemeyer se esqueceu da sua dileta pomba, aquela que, como afirmara veementemente à época, deveria ser a sua derradeira contribuição para Brasília e sem a qual o seu opus brasiliense estaria inconcluso. E parece que se esqueceu também do “povo”; agora, no mesmo local a praça será da “soberania”. Lá deverá ser erigido um prédio imprescindível, seja para o povo, seja para a soberania: o Memorial dos Presidentes. E um Monumento ao Cinqüentenário de Brasília, a ser comemorado em 2010; para que ninguém deixe de entender a sua complexa simbologia, nada melhor do que um chifre de concreto, de cem metros altura, descrito como obra de grande ousadia tecnológica… Tanta construção apenas para encobrir um estacionamento subterrâneo… De quebra, na maquete eletrônica (incidentalmente, o novo tipo de empulhação arquitetônica que nos oferece o maravilhoso mundo da informática) é contrabandeado de um antigo projeto vetado pelo Iphan por desrespeitar, em muito, o gabarito estabelecido legalmente para o local - uma altíssima cobertura curva para abrigar shows de música popular, a qual implacavelmente lembra “as curvas do corpo da mulher amada”, só que com redondinhos seios de silicone e já buchuda.

Coitada de Brasília. Afinal, apesar de tombada, há uma portaria do Iphan que autoriza tudo isso: Excepcionalmente, e como disposição naturalmente provisória, serão permitidas quando aprovadas pelas instâncias legalmente competentes, as propostas para novas edificações encaminhadas pelos autores de Brasília - arquitetos Lucio Costa e Oscar Niemeyer - como complementações necessárias ao Plano Piloto original... (Portaria nº 314, 8/10/1992, Art. 9º, § 3º ).

Tal qual o bordão de uma famosa personagem de programa humorístico, “Oscar Niemeyer pode!!“

Coitada de Brasília. Para Oscar Niemeyer, ela está aí tão somente para manter ocupado o seu escritório sem risco de concorrência. Coitada de Brasília, cujo plano piloto foi escolhido transparentemente por concurso público, agora sujeita a decisões tomadas nos gabinetes de seus governantes. Coitada de Brasília, fadada a ser conhecida daqui por diante não mais como Patrimônio Cultural da Humanidade, porém como Capital Mundial dos Unicórnios…

* Sylvia Ficher é arquiteta, doutora em História e professora do Departamento de Teoria e História da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB. (Texto tirado do site da UnB)
Por: Anatalia Araujo *** Opine: 3
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Eu:

Nome: Anatalia Araujo
Idade: 21 anos
Atividade: Estudante de Arquitetura e Urbanismo FAU/UnB ______________________________

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Una Arquitetura
Pra não dizer que apenas eu reclamo dele...
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Morre aos 90 anos Athos Bulcão
Dubai - O paraíso para os arquitetos


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